35 Anos sem o maluco beleza, Raul Seixas.

Gerentes de restaurantes frequentados pelo ícone da música brasileira, próximos à última casa em que Raul viveu, em São Paulo, lembram o cotidiano de composições, amigos, fãs e da “debilidade” dos últimos dias.

O próximo dia 21 de agosto vai marcar 35 anos da morte do cantor e compositor Raul Seixas, que sempre foi visto com reverência por atitudes contestadoras nos palcos e fora deles. Quem vive na região da Avenida Paulista, em São Paulo (SP), pode até não saber, mas a região tem, ainda hoje, uma forte ligação com esse ícone da música brasileira.
Foi no edifício Aliança, na rua Frei Caneca, 1.100, no apartamento 1.003, do décimo andar, no bairro da Consolação, que viveu essa lenda do rock brasileiro entre 1981 e 1989, ano em que o cantor faleceu. Esse foi um dos seis endereços, em que Raul morou na capital paulista.

Prédio onde o artista viveu.

Fonte: Allan Alec e Karla Karine.

Na época em que viveu nesse bairro, Raul sentia-se em casa, costumava caminhar e passear pelas ruas, frequentar lojas de discos e comércios. E foi em um restaurante específico da região que o poeta viveu bons momentos de prosa e amizades. É o Vila Coqueiro VII, situado na rua Matias Aires 12, bem na esquina com a Frei Caneca e a menos de 150 metros do local onde o astro morou.

Fonte: Allan Alec e Karla Karine.

Fonte: Allan Alec e Karla Karine.

No restaurante, Raul Seixas, que frequentava o local quase que diariamente, levou e fez amigos, contou histórias e também criou parte do seu repertório, como nos contou dois gerentes do grupo de restaurantes Vila Coqueiro, Bruno Santos Leal, de 45 anos, e Silvano Gomes de Oliveira, de 50 anos.

Entrevistas, no local, sobre Raul Seixas.

Primeiro entrevistado: Bruno Santos Leal, gerente do restaurante Vila Coqueiro VII, 45 anos de idade:

Portal de Notícias FAM – Qual a história mais engraçada e a mais triste ou perigosa que o Raul chegou a contar?

Bruno Santos Leal – Vou contar as histórias que sempre ouvi, desde quando vim trabalhar no restaurante: histórias tristes ou perigosas não, mas as histórias mais interessantes e engraçadas do Raul é que ele trazia seus amigos e ficavam conversando, cantando e criando repertórios sentados aqui nas mesas.

PNF – O Raul chegou a cantar alguma de suas composições aqui? e se cantou, de acordo com os relatos, você lembra qual? 

BSL – Como falei antes, ao criar várias de suas composições aqui, ele ficava cantarolando com seus amigos, mas assim de cabeça, conforme meus colegas mais velhos me relataram, não lembro quais eram essas canções.

PNF – Nos últimos meses, antes de seu falecimento, ele chegou a demonstrar algum indício de que a sua saúde não estava bem?

BSL – O Raul Aparentemente, estava com um aspecto físico de uma pessoa debilitada, estava meio inchado e com cara de cansado, mas apesar da aparência, ele sempre estava por aqui e tratava todos bem.

PNF – Qual era a relação do Raul com seus fãs, quando ele estava aqui?

BSL – Ele era muito cordial e atencioso com seus fãs, nunca foi percebido por ninguém se ele chegou a ser deselegante ou mal educado com nenhum deles.

PNF – O Raul chegou a trazer alguma esposa ou namorada, junto com ele?

BSL – Sim, já trouxe mulheres, mas não sei se esposa ou namoradas.

PNF – E com relação as suas filhas, ele já trouxe alguma delas? e se trouxe, ele era um pai carinhoso com as meninas?

BSL – Também não trazia suas filhas, pelo menos que eu saiba.

PNF – Quando o Raul frequentava o restaurante, havia fãs que se aproximavam para pedir para tirar fotos, autógrafos ou pedir para ele cantar?

SGO – Autógrafo sim e cantar também, mas tirar foto era um pouco mais difícil porque a tecnologia, naquela época, não era tão avançada como é hoje.

Segundo entrevistado: Silvano Gomes de Oliveira, gerente do restaurante Vila Coqueiro VI, 50 anos de idade:

Portal de Notícias FAM – Qual história engraçada você pode nos dizer, do Raulzito, ao frequentar o restaurante?

Silvano Gomes de Oliveira – As pessoas mais antigas, que frequentavam o restaurante na época do Raul, dizem que ele era uma pessoa muito engraçada, extrovertida e que gostava de ficar batendo papo com todo mundo.

PNF – O Raul Seixas contava histórias de sua vida na estrada?

SGO – Sobre histórias da vida profissional na estrada, não me lembro, mas ele vinha com vários amigos.

PNF – O Raul era generoso com gorjetas ou era mão de vaca?

SGO – Sim, ele dava gorjetas.

PNF – O Raul chegou a trazer algum convidado famoso, da música ou das artes, para cá?

SGO – Convidado famoso não, ele sempre trazia seus amigos e parceiros musicais.

PNF – O maluco beleza, costumava beber até ficar chapado ou ele era mais de boa?

SGO – Algumas vezes ele bebia até ficar chapado sim, mas na maioria das vezes bebia apenas para socializar.

Créditos

Jornalista Karla Karine Fernandes.
Jornalista Karla Karina Fernandes.
Jornalista Allan Alec A. Zarate.

Jornalista: Allan Alec A. Zarate.

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